A 28 Bienal de São Paulo, no pavilhão de Oscar Niemeyer- Parque do Ibirapuera,intitulou-se a Bienal do Vazio, apresentando pela primeira vez, o segundo andar completamente nú, colocando a obra do arquiteto em contato direto com os espectadores.
Vivemos em uma época de informações múltiplas,recebemos uma carga excessiva de imagens, sons, sensações forçadas que vão massacrando e automatizando nossos sentidos...aceitamos tudo com facilidade, sem muitos questionamentos e acredito que este "vazio" que encontramos lá, está para justamente nos causar a surpresa, a sensação de vivenciarmos algo que hoje em dia nos é tão raro...o vazio, o silêncio, um intervalo ...um pit-stop entre tantos "bombardeios" de informações que recebemos a todo instante.
Vivemos confinados em pequenos ambientes: no apartamento, na sala de aula, na academia...espaços fragmentados que enjaulam nossas almas...esta Bienal mostra que além da necessidade de mostrar a arte do circuito internacional, é preciso expor uma arte crítica, porque até não dizer "conceitual" que seja capaz de abalar, surpreender o nosso olhar...e viva o vazio!!!!!
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